Teste do Procon/UEM reprova quase metade de álcool em gel vendido em Maringá
Uma parceria entre Procon de Maringá e Universidade Estadual de Maringá (UEM) verificou que quase metade do álcool em gel vendido em Maringá está irregular. Das 32 amostras analisadas pelo laboratório a pedido do Procon, em prevenção ao coronavírus, 47% foram reprovadas. Pior ainda é situação na rotulagem. Falta de informações ou dados irregulares são responsáveis pela reprovação de 79% das amostras. "A iniciativa foi do Procon para termos produtos de qualidade à venda em Maringá", explica diretor do Procon, Geison Ferdinandi. "Também vamos comunicar a Vigilância Estadual para vistoriar empresas produtoras do álcool em gel irregular".
Marcas serão notificadas para adequações, conforme determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Caso problema continue, Procon pode multar, entre outros procedimentos e sanções. Multa varia entre R$ 720 e R$ 9 milhões. Marcas tem dez dias úteis para retornarem para Procon após notificação. Caso pode resultar até em recolhimento dos produtos e num recall por parte das marcas.
Entre problemas na rotulagem estão letras pequenas, descrição do produto incompleta, falta de números, documentos e dados e registros na Anvisa, falta de orientações e alertas aos consumidores, falta de descrição da composição do produto, entre outras situações que não comprovam qualidade e colocam o consumidor em risco. Dos 21% aprovados (seis produtos) sobre o rótulo da embalagem, três deles ainda têm restrições e precisam de adequações. Além de haver embalagens inadequadas para venda do produto.
Já na qualidade do álcool em gel, há fabricação com produtos inadequados que interferem na qualidade e eficiência do combate ao coronavírus. Inclusive não sendo 70º (indicando que é 70% de massa de álcool e 30% de massa de água). O que é mais eficiente na desinfecção de superfícies e higienização das mãos. No caso das irregularidades encontradas nos testes feitos na UEM, o produto não atende as especificações da Anvisa e não é adequado à prevenção contra coronavírus.
Fiscal Bruno Bieli informa que 32 amostras foram coletadas em supermercados, farmácias e lojas em Maringá no mês passado. Testes foram coordenados pela professora do Departamento de Farmácia da UEM e responsável pela Farmácia de Manipulação da UEM, Marli Miriam de Souza Lima. Teste tem rígido procedimento que garante confiabilidade. Inclusive podendo ser usado em ações judiciais. UEM já fez análise de combustíveis, remédios entre outros. É primeira vez que esse tipo de teste foi realizado em álcool em gel em Maringá.
Procon teve diversas iniciativas em prevenção ao coronavírus em Maringá. Entre elas vistoriar supermercados, farmácias e outros estabelecimentos sobre venda de produtos e cuidados preventivos, fazer pesquisas de preços para evitar venda abusiva, entre outros.
DADOS
• Teor alcoolico
- 53% aprovados
- 47% reprovados
• Rotulagem
- 21% aprovados
- 79% reprovados
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